segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mecanismos de defesa: O que são? Quais são?

Sob pressão da ansiedade o ego é forçado a tomar medidas para aliviar a tensão.
Vou escrever sobre os mecanismos de defesa e seus tipos! De forma sucinta.
Um salve ao grande FREUD! Vamos lá?
Características dos mecanismos de defesa:
São mecanismos inconscientes:
Os mecanismos de defesa atuam sobre a relação com a realidade:negando, distorcendo,falsificando

mecanismos de defesa

O principais mecanismos de defesa são:

  Repressão:
-  retirada da consciência de alguma idéia/percepçao dolorosa
-  Mecanismo de defesa primordial
  Cisão:
-  cisão da percepção/do objeto; normalmente o bom é internalizado e o ódio externalizado
-  mecanismo normal nas 1as etapas da vida (Klein)
  Negação: a realidade dolorosa é nega, não percebida
- “tem pai que é cego”
  Projeção: a fonte da ansiedade é atribuída ao mundo externo; projeto para o mundo externo algo que é meu
Ex: “Ela me odeia” ao invés de “Eu a odeio”  ou  “Esta profa. me persegue” ao invés de “minha consciencia me persegue”
O extremo deste mecanismo é a fobia
 Racionalização: busca de motivos lógicos para pensamentos e ações/atitudes inaceitáveis
Ex: exploramos a empregada e dissemos “se fosse para outro emprego ganharia menos”
Mecanismo típico do neurótico obesessivo (controle)
  Formação reativa: substitui na cs o desejo recalcadao (ansiogênico) por seu oposto; apresentando-se de forma marcadamente extravagante
Não suportando o sentimento real, vc manifesta o oposto
Ex:desejos sexuais intensos substituidos por cps extremamente puritanos
 Identificação: sujeito internaliza características de alguém valorizado, passando a sentir-se como ele
Processo necessário no início da vida, mas se permanecer impede aquisiçào de identidade própria
  Regressão: Voltar a níveis anteriores do desenvolvimento, diante de frustração evolutiva.
  Isolamento: isola o consciente do afeto original
Ex: rituais dos neuróticos obsessivos
  Deslocamento: desloca a pulsão para outro objeto
Todos os sintomas neuróticos acabam tendo participação do deslocamento.
Ex: um filho reprimi seus sentimentos hostis em relação ao pai, mas apresenta este sentimento em relação a outras figuras de autoridade  ou fobia de cavalos do Pequeno Hans
  Sublimação: o impulso sexual é direcionado a outro fim e atividades socialmente aceitas (arte; esportes; ciências; religião);
Mecanismo de defesa mais evoluído
l  Ex: pulsão agressiva aplicada pelo cirurgião

terça-feira, 10 de maio de 2011

Onde está a Subjetividade?





A descoberta de um circuito físico que controle nossa consciência é considerada por muitos pesquisadores como o “Graal da Neurociência”, isso porque a investigação científica deste fenômeno é extremamente complexa (mas já existem artigos publicados em grandes revistas) em função do risco de confundi-lo com, por exemplo: memória, emoção, atenção, linguagem, ambos necessários para a noção de subjetividade. Provavelmente, aquele pesquisador, ou grupo de pesquisadores que identificar tal mecanismo estará fadado ao Prêmio Nobel.
Em virtude desses fatos, se você me perguntar – hoje – onde está essa nossa consciência de si e do mundo; em outras palavras: “onde está a subjetividade?”, no sentido de localizar o mecanismo exclusivo responsável por ela, eu não saberia responder. Contudo, se seu interesse for menos específico, pedindo que eu apenas indique o local em nosso organismo onde a subjetividade se encontra, eu responderia, com extrema convicção e embasamento científico: no Cérebro!
Isso pode parecer muito óbvio, para o leitor antenado. Mas há um forte motivo que me estimulou a escrever tal esclarecimento. Não apenas o público cientificamente leigo, como também alguns profissionais da saúde (que deveriam ter a obrigação de saber isso) entendem a subjetividade como sendo algo “para além do cérebro”. Quanto além? O que é essa “coisa” além do cérebro? Não sei, eles nunca respondem.
Quando ouvimos esse tipo de coisa, podemos saber que estamos novamente diante da “negligência do óbvio”. Ou seja, a elaboração de explicações totalmente extrapoladas para coisas óbvias. Dizendo isso de outra forma: um desperdício de palavras!
Em função da incessante busca pelo “Graal da Neurociência” e dos milhares de dóllares investidos nessa corrida, é provável que o mecanismo específico da consciência seja descoberto em algumas poucas décadas. Contudo, gostaria de finalizar este texto ressaltando que, independente disso, um fato que todos nós precisamos ter em mente, devido a todas as demais informações que possuímos sobre neurobiologia da memória, emoção, linguagem, atenção, enfim, é que a subjetividade é fruto, única, simples e obviamente do processamento cerebral. Recebe influência do meio social, da cultura, e de tudo mais, com certeza. Mas ainda assim, quem processa tudo isso e transforma esses output em imput subjetivo é nosso cérebro! O que ele não processa, nós não somos!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Distúrbios Dissociativos - Dupla personalidade




Livros, filmes e brincadeiras são divertidos porque permitem que você escape da realidade – e de si mesmo – por um certo período de tempo. À medida que a história se desenrola, você vai fazendo um balanço das experiências vividas pelos personagens para no final ser devolvido aqui, neste mundo, ainda mantendo um certo gostinho de aventura por ter ficado "temporariamente perdido em um universo paralelo".

Pessoas que sofrem de Distúrbios Dissociativos "escapam" da realidade de modo involuntário e pouco saudável, perdendo a memória ou achando que são outra pessoa. Estes distúrbios costumam surgir como resposta a certos traumas, ansiedades ou lembranças muito dolorosas.

Acredita-se que cerca de 7% da população mundial experimentam um episódio de Distúrbio Dissociativo durante sua vida.

Este tipo de psicopatologia, diz respeito à dissociação da mente humana, resultando daí, o surgimento de novas identidades dentro de uma só mente. Cada qual com sua própria personalidade, princípios e valores distintos entre si.
A causa para surdir este processo dissociativo, está profundamente ligado ao emocional, e uma das causas mais freqüentes que ensejam seu surgimento, é o abuso sexual na infância . Ocorre pelo fato de a pessoa sofrer algum choque emocional, e que por não conseguir lidar com tal situação, tende a se proteger do mesmo, criando, a partir do trauma, novas identidades, denominadas álteres-ego, para que, a estas, caibam a sustentação de todo peso emocional.
A característica essencial do transtorno Dissociativo é a presença de duas ou mais identidades ou estados de personalidade distintos, que recorrentemente assumem o controle do comportamento. Existe a incapacidade de recordar informações pessoais importantes, cuja extensão é demasiadamente abrangente para ser explicada pelo esquecimento normal. A perturbação não se deve a afeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral. O Transtorno Dissociativo de Identidade reflete um fracasso em integrar vários aspectos da identidade, memória e consciência. Cada estado de personalidade pode ser vivenciado como se possuísse uma história pessoal distinta, auto-imagem e identidades próprias, inclusive um nome diferente. Em geral existe uma identidade primária, portadora do nome correto do indivíduo, a qual é passiva, dependente, culpada e depressiva

Quase todos (97 a 98%) os adultos com distúrbio dissociativo da identidade relatam ter sofrido algum tipo de abuso durante a infância. Isso pode ser documentado para 85% dos adultos e 95% das crianças e adolescentes com distúrbio dissociativo da identidade.
Entretanto, ocorrendo a existência de várias identidades, outras situações contribuem para o trauma. Dificuldades e frustrações de qualquer monta, tornam-se insuportáveis, pois o portador deste tipo de distúrbio é psicologicamente vulnerável, sendo, portanto, passível da criação de quantas personalidades se fizerem necessárias.
Ás vezes em uma única mente existem centenas de outros " eus", tendo cada um deles sua história, sentimentos e comportamentos específicos. Não raro, chegam a ter outra cultura e até mesmo terem sotaques estrangeiros, como também alguns podem ser religiosos e outros totalmente avessos aos costumes e a moral predominante.
O indivíduo portador deste distúrbio, dificilmente tem controle sobre seu outro " eu", pois a personalidade dominante, que é o ego, não tem conhecimento das demais. Sucede disso o obstáculo de ter ele, uma vida regular, haja vista, que, por cada outro " eu" possuir seu próprio estilo de vida, com gostos e preferências, não aceita consequentemente, o estilo do outro. Por exemplo, no caso de um indivíduo múltiplo amar gatos, pode ocorrer de uma das personalidades os odiar, a partir daí passando a ocorrer fatos, os quais não consegue entender, como no caso de se recolher para dormir e deixar os animais dentro de casa, não havendo possibilidade de saírem, e ao acordar não mais os encontrar. A partir de fatos como este, é capaz de desenvolver outros distúrbios, como mania de perseguição, fobias, entre tantas outras.
Os indivíduos com distúrbio dissociativo da identidade freqüentemente são alertados sobre coisas que fizeram, mas não conseguem se lembrar de tê-las realizado. Outras pessoas também podem comentar sobre mudanças de comportamento de que eles não se lembram. Eles podem descobrir objetos, produtos ou papéis escritos que não conseguem explicar e nem reconhecer.

No período em que um outro " eu" assume o controle, as demais identidades, ficam em estado de amnésia parcial, não tendo, portanto, conhecimento das ações praticadas pelas outras, sendo assim, freqüente a existência de uma personalidade que envolve-se em drogas ou até mesmo com coisas muito mais graves, tais como agressões, furtos, roubos e assassinatos.

Em suma, são personalidades totalmente distintas e independentes, mas que fazem parte da mente de um só indivíduo.
Após diagnosticada tal dissociação o tratamento é rigoroso e demorado, e quando da prática de um ilícito, recai o indivíduo, portador de tal distúrbio, na ininputabilidade, pois não é capaz de determinar-se quanto ao ato praticado.