quarta-feira, 20 de abril de 2011

NEUROSE NA PSICANÁLISE




Como doença a neurose representa uma variedade de condições psiquiátricas, nas quais a angústia emocional ou conflito inconsciente são expressados através de várias perturbações que podem ser físicas, fisiológicas e/ou mentais.

O sintoma definitivo é ansiedade. Tendências neuróticas são comuns e podem se manifestar como depressão, ansiedade aguda ou crônica, tendências obsessivas-compulsivas, fobias e até desordens de personalidade. Neurose não deve ser confundida com psicose, a qual refere-se à perda de contato com a realidade.

O termo conota uma doença ou desordem real, porém sob sua definição geral, a neurose é uma experiência humana normal. Segundo a psicanálise, a maioria das pessoas é afetada pela neurose de alguma forma. Um problema psicológico desenvolve quando a neurose começa a interferir com o funcionamento normal do indivíduo, causando ansiedade. De acordo com a teoria da psicanálise, neurose pode ter raízes nos mecanismos de defesa do ego, porém os 2 conceitos não são sinônimos. Mecanismos de defesa são uma forma normal de desenvolver e manter um sentido consistente de si mesmo (ego), enquanto somente aqueles com pensamentos e comportamentos que produzem dificuldades para viver devem ser classificados como tendo neurose.

Efeitos e sintomas da neurose

Há muitas formas específicas diferentes de neurose: piromania, desordem obsessiva-compulsiva, neurose ansiosa, histeria (na qual a ansiedade pode ser descarregada través de sintoma físico), e grandes variedades de fobias.

Tratamento da neurose

A neurose pode ser tratada por diferentes métodos. Existe a psicoterapia e vários remédios para aliviar os sintomas. Medicamentos contra depressão e ansiedade ajudam a pessoa, e alguns remédios pode elevar a sensação de auto-estima

terça-feira, 19 de abril de 2011

Cerébro Masculino e Feminino! Quais as diferenças?



Oi pessoas, peço desculpas por esses dias afinal estava em pós-graduação e não tive tempo em compartilhar com vocês alguns temas que vem sendo discutido aqui no blog, mais vamos lá!

Trago com os estudos em neurociências a diferença entre o cérebro de ambos os gêneros masculino e feminino, lembrando que somente um determinante biológico não é um fator crucial para a predominância de um comportamento em detrimento de outro ok.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

“O Livro Negro da Psicanálise” questiona inverdades sustentadas por Freud




Quando foi publicado na França, “Le Livre Noir de la Psychanalyse”, organizado por Catherine Meyer, causou polêmica ao questionar a validade das teorias de Sigmund Freud (1856-1939) e a eficiência da psicanálise.
Lançado pela editora Civilização Brasileira, “O Livro Negro da Psicanálise: Viver e Pensar Melhor Sem Freud” chega ao Brasil em edição traduzida e organizada pela psicanalista Simone Perelson.
O título reúne artigos, entrevistas e depoimentos de autores das áreas de história, filosofia, psiquiatria, psicologia, jornalismo e física. Os textos apontam uma série de inverdades postuladas por Freud.
Apesar de o pensamento ainda ser hegemônico na França, e de alguns conceitos –inconsciente e complexo de Édipo, por exemplo– terem se tornado parte do vocabulário popular, a teoria freudo-lacaniana apresenta franco declínio no restante do mundo.
Para defender o Mestre de Viena, alguns intelectuais, como a historiadora e psicanalista Elisabeth Roudinesco, contestaram o conteúdo do volume. A edição proporcionou debates passionais e ampla repercussão na imprensa francesa. No Brasil –que também conta com defensores da ideia considerada obsoleta–, a publicação deve repetir a disputa.

Fonte: Livraria da Folha

terça-feira, 12 de abril de 2011

Stress pos traumático na posição da psicanálise.



Segundo o DSM-IV o Transtorno de Stress Pós Traumático caracteriza-se por exposição a evento traumático onde a pessoa foi confrontada com a morte ou grave ferimento reais ou ameaçados, em si ou em pessoas próximas, com resposta envolvendo intenso medo, impotência ou horror. O evento traumático é persistentemente revivido em recordações aflitivas, recorrentes e intrusivas; sonhos aflitivos recorrentes com o evento; agir ou sentir como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente (flashback); presença de esquiva a estímulos relacionados ao trauma e entorpecimento da responsividade geral; e ainda sintomas persistentes de excitabilidade aumentada.

Minha tese neste texto é que um importante intercâmbio psicanálise/psiquiatria pode se estabelecer ao articular a descrição fenomenológica psiquiátrica do Transtorno de Stress Pós Traumático, estabelecida com os propósitos de readaptação, em geral através do uso do uso de psicofármacos, a uma abordagem psicanalítica que pode dividir estes mesmos sintomas em dois conjuntos: um conjunto como manifestação de uma insuficiência do simbólico (desamparo) e outro como fixação e satisfação pulsional (gozo).

A abordagem do tratamento deve assim visar por um lado a subjetivação/elaboração do ocorrido possibilitando ao sujeito historificar o trauma e se posicionar frente a ele, possibilitando inclusive ao sujeito se responsabilizar por ele, não somente no sentido das possíveis determinações inconscientes que levaram ao ocorrido, mas também à responsabilização no sentido de que todo sujeito é um sujeito em formação, ou seja, após o trauma não existe mais o sujeito não traumatizado, e ele tem que posicionar no mundo apartir disto.
 
Por outro lado o psicanalista precisa estar atento a posição de intensa fixação pulsional, de empuxo a gozar destes sujeitos e da certeza da perversidade do Outro. Sem aceder a dimensão pulsional do problema o tratamento fica exposto às repetições que podem estagnar a vida do indivíduo.

No horizonte fica a questão a se pesquisar se a experiência do trauma e também do tratamento psicanalítico, na medida em que o psicanalista pode ocupar o lugar do trauma, podem alterar o caráter de uma pessoa, para além das formações sintomáticas.
Esta me parece ser uma aposta da psicanálise, claramente da psicanálise Lacaniana. Cabe ao analista assumir tal aposta na pratica clínica.

Referências: 

Manual diagnóstico e estatísitco de Transtornos Mentais - 4°edição.(DSM IV).
 
Além do Princípio do Prazer. S. Freud. Edição eletrônica das obras completas de S.Freud.

FREUD, S. (1914a). Recordar, repetir e elaborar. In: FREUD, S. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 12. Rio de Janeiro: Imago, 1990, p. 189-203.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

LUTO E MELANCOLIA! QUAL A DIFERENÇA?



Se eu tivesse que concentrar em uma frase a obra “Luto e Melancolia”, de Sigmund Freud, seria a seguinte: Uma reflexão sobre a tristeza da alma. A relação estabelecida pelo autor entre os conceitos que compõem o título desta obra dar-se-ia pelas semelhanças do quadro geral destes dois estados, assim como pelas “circunstâncias da vida que as desencadeiam”. (Freud, p. 103). Mas o que é o luto: “O luto é, em geral, a reação à perda de uma pessoa amada, ou à perda de abstrações colocadas em seu lugar, tais como pátria, liberdade, um ideal etc”. (Idem, p. 103). A perda é palavra-chave para compreender a natureza do luto, de modo que o objeto perdido tem uma relevância secundária, todavia, não menos importante para o enlutado. Este último apresenta “desvios de comportamento normal” (Idem, p. 103), todavia, após um determinado tempo, o luto será superado. Desta maneira, o luto, diferente da melancolia, não é uma patologia. A melancolia é uma patologia que “caracteriza-se psiquicamente por um estado de ânimo profundamente doloroso, por uma suspensão do interesse pelo mundo externo, pela perda da capacidade de amar, pela inibição geral das capacidades de realizar tarefas e pela depreciação do sentimento-de-Si”. (Idem, p. 103-104). Este último é típico do melancólico: a crítica voltada para si ao ponto de chegar a um estado de delírio. As outras características são facilmente encontradas no luto: perda do interesse pelo mundo, mas com uma ressalva: a proximidade com algo que faz lembrar a pessoa amada é do interesse do enlutado; dificuldade de substituir o objeto perdido por outro; desinteresse em realizar tarefas que não estão diretamente ligadas ao objeto perdido. Ora, o luto profundo e a melancolia têm em comum a dor, entretanto, deveríamos ressaltar que, se para o enlutado a dor passa, ao contrário do luto, na melancolia a dor torna-se crônica.

FREUD, Sigmund. Luto e Melancolia. In: ___. “Obras Psicológicas de Sigmund Freud. Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente”. v.II. Rio de Janeiro: Imago, 2006, p. 97 – 122.

sábado, 9 de abril de 2011

Realengo IV . A principal hipótese! Em busca de uma racionalidade!




Wagner Gattaz é médico psiquiatra, professor de psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo.
 

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. A pessoa pode ficar fechada em si mesma, com o olhar perdido, indiferente a tudo o que se passa ao redor ou, os exemplos mais clássicos, ter alucinações e delírios. Ela ouve vozes que ninguém mais escuta e imagina estar sendo vítima de um complô diabólico tramado com o firme propósito de destruí-la. Não há argumento nem bom senso que a convença do contrário.
Antigamente, esses indivíduos eram colocados em sanatórios para loucos porque pouco se sabia a respeito da doença. No entanto, nas últimas décadas, houve grande avanço no estudo e tratamento da esquizofrenia que, quanto mais precocemente for tratada, menos danos trará aos doentes.

Fonte:  http://www.drauziovarella.com.br/ 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

REALENGO III

A SOCIEDADE TENDE A RACIONALIZAR QUALQUER AÇÃO PARA ACALENTAR UMA COGNIÇÃO SOCIAL (ENTENDER COGNIÇÃO SOCIAL NO SENTIDO LITERAL DA EXPRESSÃO) QUE É LATENTE, POREM AÇÕES COMO A DE WELLINGTON ROMPE COM O PARADIGMA CARTESANO, BIOMEDICO E ATE MESMO DETERMINISTA DE QUALQUER POSIÇÃO TEORICA QUE TENTE A EXPLICAR O CASO TENTANDO DAR RACIONALIDE. OUVIMOS TANTOS E TANTOS ESPECIAISTAS A FALAR A COMENTAR POREM NÃO CONSEGUE SATISFAZER NOSSA RACIONALIDADE (EGO) COM RESPOSTAS E ESCLARECIMENTOS CONTUNDENTES! ISSO ACONTECE PORQUE EXISTE UMA CULTURA QUE IMPREGNOU E FEZ COM QUE ROMPESSEMOS  COM  O NATURAL, OU SEJA, ESQUECEMOS NOSSA  SELVAGERIA ANIMALESCA DEVIDO AO FATO DE TERMOS VALORES E CRENÇAS NOS TORNAMOS SERES BIOLOGICAMENTE CULTURAIS!
AI PODEMOS CONCLUIR QUE O WELLINGTON É UM ANIMAL?  NÃO! PODEMOS CONCLUIR  QUE WELLINGTON É UM SER HUMANO POREM ELE ROMPE COM O NOSSO SOCIAL E CRIOU UM MESMO PARA ELE.

REALENGO II A CARTA DE WELLINGTON MENEZES.

Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem
usar luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o
casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou
seja, nenhum fornicador ou adultero poderá ter contato direto comigo, nem nada
que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato
direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento
deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar me envolver
totalmente despido em um lençol branço que está nesse prédio, em uma bolsa que
deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem nesse lençol
poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da
sepultura onde minha mãe dorme, minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e
está sepultada no cemitério Murundu. Preciso da visita de um fiel seguidor de
Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha
sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua
vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna.


Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum
familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas
generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu
passei meus últimos meses seja doado à uma dessas instituições, pois os animais
são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que
os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para
se sustentar, os animais não podem pedir comida ou trabalhar para se alimentarem,
por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu peço por favor que tenham bom
senso e cumpram o meu pedido, pois cumprindo o meu pedido, automaticamente
estarão cumprindo a vontade dos pais.que desejavam passar esse imóvel para meu
nome,todos sabem disso, se não cumprirem meu pedido, automaticamente estarão
desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma
consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês
tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi.

REALENGO I

Fonte:  http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/veja-a-cobertura-completa-do-ataque-em-escola-de-realengo-20110407.html

Na manhã de quinta-feira (7), um homem de 24 anos invadiu a escola Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e atirou contra vários alunos.
A Secretaria Estadual de Saúde confirmou a morte de 11 estudantes. Outras 13 crianças e adolescentes ficaram feridos e foram levados para cinco hospitais.
Segundo a polícia, o atirador, identificado como Wellington Menezes de Oliveira, se matou após efetuar os disparos. Policiais encontraram uma carta em que ele avisava que iria se suicidar.

Tal incidente choca uma sociedade que tende a normatiza por lei e ações as condutas mais assertivas, porem tendemos a observar que tais ações sempre se repente e a mesma sociedade que educa e reprime seria a mesma a criar e desenvolver pessoas capazes de gerar tal atitude? Tal questionamento é totalmente normal e natural se tentarmos responsabilizar as ações sócias que não são feitas no entorno das comunidades carentes e assim as famílias estão sendo enfraquecidas por ações de violência da mídia e por ações na qual o traficante é a referência social.
 Porem não podemos responsabilizar o social totalmente, pois somos seres bio-psico-socioespirituais.  Vamos tentar compreender via  uma analise bem selvagem  uma atitude dessas seria uma personalidade perversa? Ou será psicótica ou neurótica?
 As ações criminosas em diversos estudos mostram que não existiria uma personalidade especifica para atuação de tais ações que de certa forma nos espantam, existem sim conjuntos de fatores que se somado a uma historia de vida (ai entra o social como influenciador) e uma subjetividade constituída por relações familiares fracas. Tal mistura pode ou não gerar tais incidentes! O importante é o atentar que o vizinho pode morar ao teu lado! Ou na sua escola!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Segundo platão: "Mundo das Ideias"


Bem começo aqui uma jornada na qual quero compartilhar com todos você! E por onde vamos caminhar! O mundo nos proporciona muitos caminhos porem escolhi a psique humana para trilhar e compreender tal realidade, suas nuances e suas especificidades latentes em sua apresentação durante o nosso cotidiano.
Fico feliz em abrir e inaugura um novo centro de discussões que nos remeta sempre a uma boa reflexão de quem somos e o queremos fazer com isso com que somos!
Sejam muito bem vindos!